" ESCREVER É AMADURECER COM AS PRÓPRIAS IDEIAS!"

( Roberta Amaro )

terça-feira, 30 de julho de 2013

FELIZ POR NADA =)


Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

         Digamos: feliz porque maio agosto recém começou e temos longos oito cinco meses para fazer de 2010 2013 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
         Feliz por nada, nada mesmo?
         Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
         Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo?
         Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
         Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
         Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
         A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.

         Ser feliz por nada talvez seja isso.

Martha Medeiros

quarta-feira, 1 de maio de 2013

ARTÍFICE DE SI MESMO


O primeiro fato importante na vida é este, o homem é um milagre e isso só se torna claro quando ele assume a posição de autor da sua vida.
Artífice de nós mesmos, responsáveis pelas escolhas, pelos caminhos que trilhamos, pela mudança que sofremos.
E eis o segundo fato mais importante, TUDO MUDA, ora por intenção, ora pela imposição das circunstâncias.
Nada é imutável...  nem mesmo aquilo que por decisão própria queremos que permaneça.
 
Roberta Amaro

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

SEI - Nando Reis



Sabe, quando a gente tem vontade de encontrar
A novidade de uma pessoa
Quando o tempo passa rápido
Quando você está ao lado dessa pessoa
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair…
Sabe, quando a felicidade invade
Quando pensa na imagem da pessoa
Quando lembra que seus lábios encontraram
Outros lábios de uma pessoa
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali... Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa
Quando quer beijar de novo e muito
Os lábios desejados da sua pessoa
Quando quer que acabe logo a viagem
Que levou ela pra longe daqui…
Sabe, quando passa a nuvem brasa
Abre o corpo, sopro do ar que traz essa pessoa
Quando quer ali deitar, se alimentar
E entregar seu corpo pra pessoa
Quando pensa porque não disse a verdade
É que eu queria que ela estivesse aqui…
Sei... Eu sei.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A ETERNA ROTINA E UMA VÃ FILOSOFIA


 
No chão, a sincronia do caos, o dinamismo
Idas e vindas, idas sem volta
Num vai e vem de pessoas
Encontros
Desencontros
O compasso rápido das horas
 
O olhar se eleva
Os prédios, monotonia
Barro e cimento nunca mudam
Só se...
Enfim deixa pra lá
 
E para bem além de tudo isso aqui em baixo,
Existe um lugar
Os céus, aonde tudo torna-se etéreo
Transforma-se em LIBERDADE
 
 
Roberta Amaro


EU TE AGRADEÇO



Pelas vezes em que eu me perdi, e o Senhor me achou

 Pelos erros que eu cometi, e o Senhor perdoou

 Pelas vezes que em me entristeci, o Senhor me alegrou

 Pelas lágrimas que derramei, e o Senhor enxugou

 

Eu Te agradeço,


 

Pelas vezes que em me enfureci, o senhor me acalmou

 Pelas as vezes em que te ofendi, e o Senhor relevou

 Nos momentos em que me afastei, o Senhor me encontrou

 Pelas vezes que eu quase cai, e o Senhor me salvou


 Eu Te agradeço, por esta chance, de ir em frente, de ser feliz

 Humildemente, eu Te agradeço, por estar vivo, por existir

 Eu Te agradeço, por ter certeza, que a liberdade, pode existir

 Eu Te agradeço, pela esperança, que me dá forças, de prosseguir

 

Humildemente, eu Te agradeço, por estar vivo, por existir

 Eu Te agradeço, pela esperança, que me dá forças, de prosseguir

 Por vir comigo, no meu caminho, e neste instante, estár aqui

 Humildemente, eu Te agradeço, por estar vivo, por existir



terça-feira, 13 de novembro de 2012

A SINESTESIA DA LEMBRANÇA



Puro e simplesmente nostálgico são estes momentos em que a memória insiste em despertar as lembranças. Os bons e memoráveis instantes vividos algum dia, todos juntos no baú das saudades.
 
É curioso perceber que mesmo diante de tantos anseios futuros e apesar de todos os desafios presentes, a boa essência passada ainda permanece ali cultivada e gravada na memória. Há aqueles que acessam facilmente os bons episódios vividos, já outros precisam se esforçar um pouco mais. Mas no fim todos nós somos capazes de revivê-los em pensamento. Seres nostálgicos por natureza, esta é a nossa espécie, é o que nos faz humanos.
 
Lembranças são quase sempre parte do que nos define. Definem o que mudou, o que permaneceu, o que fez e o que já não faz mais parte. Traduzem a história escrita à caneta em algum vão do tempo.
 
Ah! Essa essência passada e o eterno saudosismo que nos acomete... Está aí, a lembrança é aquela que dialoga com a saudade. As saudades do tempo que passou, dos momentos de glória tão triviais, das marcas de quem se conheceu e também daqueles que partiram um dia. Idas e vindas, ida sem volta. Saudade do que foi seu e também do que nunca lhe pertenceu um dia, muito embora com todas as forças se quisesse.
 
Lidar novamente com todo aquele turbilhão de sensações já vividas. Reviver vários momentos em poucos segundos e se regozijar por descobrir que por causa da memória eles continuam sendo seus. É a sinestesia da lembrança...
 
O cheiro do lanche na merendeira da escola...
Os olhos que contemplam os amigos de longa data numa fotografia...
A troca de calor daquele abraço esfuziante ganhado, oferecido, roubado...
O doce sabor da fruta apanhada do pé e saboreada alí mesmo...
O barulho do trem chegando na estação e o sino da igreja anunciando...
A voz inconfundível da mãe da  gente, num fim de tarde a chamar no portão: "- Hora de entrar e tomar banho, por hoje chega!", e a tentativa frustrada de ficar um pouco mais: "- Só mais um pouquinho, mãe." O pouquinho que podia durar uma vida inteira...
O brigadeiro na colher sem cerimônia, doce, doce, doce...bis, bis, bis...
O carinho daquele colo aconchegante do pai e da mãe quando a gente ainda cabia nele...
 
Depois de tudo, ainda bem que ela ainda cabe aqui dentro: A MEMÓRIA, o registro da vida.
 
Memória  remete às lembranças do que te pertenceu, e até mesmo daquilo que se perdeu.
 
Se faz parte da sua história sempre te pertencerá!
 
Assim vamos levando a vida de modo a fazer com que toda essa sinestesia tende somente a aumentar...
 
Pense nisso!
Roberta Amaro

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

NA DEFENSIVA

 
Outro dia fui tentar ajudar uma pessoa e valendo-me de minhas observações a seu respeito disse para ela:
 
" - Eu acho que você deveria desacelerar um pouco, dar um tempo para si. Deixar de ficar se enchendo de tantas tarefas e reclamando por ter que realizá-las."

Em alto e bom tom olha o que eu ouvi como resposta:
 
"- Você não sabe de nada. Não sou uma pessoa atoa, eu sei o que tenho que fazer e ninguém tem nada haver com isso."
 
A intenção era só ajudar, todavia mais parecia que simplesmente por falar eu estava declarando uma guerra. Minha reação foi a apatia, ignorei e me surpreendi comigo mesma.
 
É complicado lidar com pessoas assim, que ficam sempre na defensiva. Você pode tentar lhes estender as mãos para ajudar e ainda assim é como se estivesse na iminência de proferir nelas um bom tapa. Eu diria que toda essa situação é desconfortável demais porque acaba fazendo você perder a naturalidade ao falar com quem adota esse comportamento.
 
Sabe aquela regra ou etiqueta de boa comunicação: PENSE ANTES DE FALAR? Pois bem, com esse tipo de pessoa você deve não só seguir à risca como também exagerar na dose, coisa do tipo: PENSE 1.000.000.000 DE VEZES ANTES DE FALAR.
 
Achou exagero? Que nada! Corre um sério risco de você dizer " Executou bem a tarefa" e ainda ser mau interpretado:
 
" Se falou bem é porque não gostou de verdade." " Se tivesse gostado diria que ficou excelente."
E blá, blá, blá, blá, blá...
 
Que tédio! Acho que entenderam o que quero dizer, certo?
A razão é: você fala A, a pessoa entende B e ainda questiona por que não o C? E você é massacrado pela sua objetividade.

Difícil... E posso apostar que todo mundo já teve que lidar com gente assim, que vive nas trincheiras achando que irão ser bombardiadas a qualquer momento. Creio que você nunca tenha entrado numa trincheira, eu também não, mas certamente já deve ter visto uma nos livros de história. Numa guerra elas servem como proteção e os soldados podem passar muito tempo alí. A estratégia é se proteger e atirar, mesmo que a sua visão esteja comprometida, caso o tiro acerte o inimigo fica pago da terefa e caso atinja um aliado, paciência...você estava na trincheira atirando ao acaso.
Assumindo essa posição a pessoa não quer se machucar, todavia acha-se no direito de ferir quem quer que seja.
 
 A verdade machuca, fere, dói, mas eu pergunto até quando? Até quando você continuará se esquivando da verdade e se associando a uma mentira? Tratando a todos com aspereza e esperando respeito em troca?
 
Não adianta sair da trincheira se a guerra que você mesmo declarou está a todo vapor do lado de fora. Você precisa decretar um cessar fogo, desarmar-se. Deixar de tirar conclusões precipitadas, parar de se ofender por qualquer palavra. Corrigir esse mau hábito.

Enquanto isso não for feito você continuará escravo da própria ausência de discernimento.

Saia da defensiva!

Pense nisso!
Roberta Amaro

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

INDIVÍDUO VERSUS OFÍCIO, A FRAGILIDADE DA RELAÇÃO.


Durante essa minha preparação com objetivo de adentrar numa universidade e dar início a um curso superior, são muitas as situações e circunstâncias que vêm se tornando motivo de observação.

A superficialidade da relação indivíduo-ofício escolhido é um exemplo. Pessoas assumindo uma atitude totalmente diferente e aquém do esperado, levando-se em consideração a profissão escolhida. Há uma falha e o que se observa é ausência de integração da carreira que se pretende trilhar e a postura pessoal do estudante perante a sociedade e o meio em que vive.

É praticamente uma frustração de expectativas, e isso tem se tornado cada vez mais recorrente. É comum encontrar jovens universitários nada prazerosos com suas faculdades. Em geral estão cansados, seja pela carga horária, pelo conteúdo, pelas provas... Enfim, como se o curso se resumisse em um fardo que agora eles devem suportar. Ainda há aqueles que estão na contramão, com atitudes nada condizentes com a carreira que pretende trilhar. São estudantes de psicologia que falam demasiadamente da vida das pessoas, futuros médicos individualistas e pouco tolerantes, universitários do curso de direito que pronunciam palavras de baixo calão ou que se expressam sem temperança. Entre outros exemplos.

 Ainda não sei se o erro está numa idealização do ofício que geralmente ocorre antes da entrada na faculdade ou se esse comportamento deve-se a não adaptação da pessoa com os requisitos cobrados pela carreira escolhida. O fato é que as pessoas tem se conhecido cada vez menos. Têm desconsiderado verdades sobre si mesmas que assumem uma influência tremenda nas suas relações com o mundo, com as pessoas e é claro com as suas escolhas.

O processo de conhecimento capaz de preparar para uma profissão sempre revela uma visão de mundo, um caminho, uma conduta a ser seguida. E se o estudante se encontra distante dessa visão, assumindo uma postura que aponta um caminho diferente do que essa profissão requer , haverá uma grande dificuldade, caso ele se forme, em exercer o ofício com maestria.

Ao aderir um ofício é quase impossível desvincular sua conduta pessoal dele. É uma forte relação, capaz de lapidar o indivíduo para que ele esteja conforme. O primeiro passo para se tornar um bom profissional reside nessa relação. O sucesso e o fracasso estão ligados a como essa relação se sustenta. E assumir a postura que o ofício exige é extremamente necessário, e deve começar já no período da faculdade, antes mesmo que a formação se efetive.

A fragilidade dessa relação com a profissão é perigosa e a verdadeira responsável pela falta de ética de muitos profissionais. E infelizmente tem sido recorrente hoje, o que preocupa. Por isso o melhor a ser feito nesses casos é desistir mesmo da carreira antes mesmo de iniciá-la ou de exercê-la de forma equivocada.

Isso não pode se tornar comum. Já que o mercado não carece de um profissional e sim daquele considerado O PROFISSIONAL.

Pense nisso!

Roberta Amaro

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

PERDENDO PARA UM INIMIGO MORTO



Outro dia ouvi a seguinte história:



" Havia em um certo lugar dois inimigos mortais. A única semelhança que os aproximava era que possuiam o mesmo objetivo: dar cabo do seu rival. No dia da grande luta alguém morreria, triunfando o sobrevivente. O que saíra vivo da luta colocou seu inimigo, já morto, nos ombros e seguiu caminhando. o seu rival morto passara a ser o seu troféu, por isso a sua atitude foi de não enterrá-lo. Passado algum tempo o cadáver já cheirando mau, se deteriorava. E sobre aquele que outrora vencera sobreveio tamanha moléstia pelo contato com o cadáver em decomposição.

Resultado: dois cadáveres e nenhum vencedor."



Como pode alguém matar seu inimigo e não enterrá-lo e ainda carregá-lo nos ombros?

Absurdo, não? Bom, nas circunstâncias da história pode até ser.

Mas e se eu dissesse que você talvez esteja fazendo isso?

Perdendo para um inimigo morto. E posso apostar que você não tem achado isso tão absurdo assim...

E mais, se eu dissesse que esse inimigo pode ser tanto o seu PASSADO como o seu FUTURO.



Tudo bem que você venceu, superou-se, matou todo o seu passado. Aqueles erros cometidos, as experiências decepcionantes, os traumas sofridos, toda aquela bagagem está morta logo alí. Sim, pelo que parece logo alí. Ou melhor, logo aí, bem perto de você, nos seus ombros. E assim mesmo que insista em seguir para frente é peso demais para carregar. Você não enterrou seu inimigo e agora ele pesa no seu ombro. Capaz de derrotá-lo, todavia covarde para enterrá-los.



Mas talvez o inimigo não seja o passado e sim o futuro que você insiste em classificar como incerto. Sua mente só não é mais ansiosa e paranóica por falta de espaço. Seu lema não é viver o agora e sim se auto flagelar pelo o que ainda está por vir. Acha que todas as preocupações mudarão o futuro ou farão que ele chegue mais rápido.



A bíblia diz que aquilo que o homem semeia ele colhe. Também fala que será maldito todo aquele que pegar no arado e olhar para trás.



Se você quer vencer de verdade tem que enterrar o seu passado e o seu futuro para viver o agora.



Seu passado lhe entristesse? Não importa, enterre-o e busque sua felicidade no presente.

Seu futuro lhe assusta? Não importa, enterre-o confia a sua vida em Deus e nas sua promessas.

Seu passado lhe orgulha? Não importa, enterre-o também pois ninguém se alicerça no presente mediante as glórias de outrora. Todas aquelas conquistas foram importantes lá atrás, não serão sua garantia de estabilidade no presente. Agora você deve se manter na mesma fé.

Seu futuro lhe parece promissor? Não importa, enterre-o de uma vez, sabe por que? Porque o futuro não existe e como algo inexistente pode ser promissor?



O SEU PRESENTE PODE SER PROMISSOR!



Só que para isso não basta matar, tem que enterrar. Quer vencer? Não subestime o inimigo. Vivo ou morto ele pode derrubá-lo. Há de se jogar terra sobre ele, dando-lhe o fim merecido.



Se você não fizer isso eles é que vão te enterrar.



E ninguém quer ter um desfecho desse, PERDER PARA UM INIMIGO MORTO.



PENSE NISSO!

Roberta Amaro

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O QUERER E O PRECISAR...



Há um momento na vida que se quer muito ser. A gente se esforça para isso, desgasta-se e luta. Aprende, estuda, entende que seguir regras e padrões é limitante e algumas vezes necessário.

Para SER, ou melhor, quando se quer ser há de se sacrificar por isso. Degustar o amargo de alguns fracassos e do fel de algumas batalhas. Quando se quer ser cai-se várias vezes, mas levanta-se outras tantas, o quanto for preciso...

Muitos aspectos importam, muitas pressões afligem. O tempo não oferece concessões, passa, sempre passa, nunca na velocidade e no compasso desejado. A espera é confiança, outras vezes inação. Uma bomba relógio a explodir de tédio.

Aqui as célebres palavras do filósofo são invertidas: SER EIS A QUESTÃO!

Querer ser depende do eu, mas também depende dos outros, das oportunidades, do momento e quem sabe até da sorte ( embora para quem acredita e se alicerça em Deus, ela definitivamente não existe).

O querer ser traduziria uma vida inteira, não fosse um dia no por vir que você percebe que apenas querer ser não basta, é preciso ser. E precisar ser depende só de mim.

Esse dia chegou hoje em minha vida, tão simples e ao mesmo tempo complexo e paradoxalmente claro.

Passa-se a vida querendo ser, seja o que for:

Ser o filho exemplar, o primeiro da classe, o primeiro no vestibular, o melhor profissional, o melhor amigo, o melhor pai, a melhor mãe. Ser o mais famoso, o mais rico, mais popular; o mais bonito e magro, o mais bem vestido. O melhor para si próprio, melhor do que os outros.

Assim seguimos, tal qual cego em corda bamba, no nosso pequeno cosmo individual e egoísta.

QUERER SER é o pensar em mim.

PRECISAR SER é o pensar no outro.

Querer ser não é errado, não é pecado. É uma busca pela satisfação pessoal e nada além disso. O problema está quando a vida e o sentido dela se resume a isso. Quando esqueço e perco a noção e o entendimento de que tantos outros precisam de mim. Precisam que eu seja todos os dias.

Mesmo que eu seja e desempenhe funções simples e desapercebidas pela grande maioria. Eu preciso ser...

Roberta Amaro

domingo, 23 de setembro de 2012

O ESPELHO DA CONFIANÇA



Você confiou, apostou e "quebrou a cara". 
É bem essa a expressão. 
Pensou que pudesse contar com aquela pessoa, acreditou na sua aparente fidelidade, criou um monte de expectativas, esperou por elas e ... de nada adiantou. A decepção foi inevitável. 

Bem, na verdade, quem se quebrou foi ele: o espelho da confiança.

E quando o espelho da confiança se quebra, você pode até querer juntar os pedaços, porém ele jamais refletirá a mesma imagem de antes.

Confiar não significa esperar do outro perfeição, nem muito menos acreditar que nunca irá se decepcionar. As pessoas nos decepcionam, mas o contrário também acontece. O que ocorre é que dependendo do tamanho da decepção, o espelho da confiança pode se tornar frágil demais e não suportar mais os impactos. Uma traição, por exemplo, é suficiente para abalar as estruturas desse espelho e por que não, estraçalhá-lo.

Confiar é uma ação mútua. Costumo brincar que confiar é a 3ª Lei de Newton, onde para toda ação há uma reação. E se o relacionamento, seja ele qual for, é sincero, a confiança é a partícula inerente. E a 3ª Lei funciona à risca. Nesses relacionamentos não importa quais os erros e defeitos, somente a confiança interessa.

Se você viu o espelho da confiança se quebrar, das duas uma:
- o espelho só existiu para você, que confiou em quem não merecia sua confiança. 
- o espelho existiu para ambas as partes, até resistiu por algum tempo, mas parece que para alguém esse relacionamento já deixou de existir.

Quando a confiança existe você se enxerga no outro. Seja ele o amigo, companheiro, namorado, marido, esposa, pai, mãe, irmão, enfim... Quando há confiança o espelho reflete a imagem de um relacionamento sem distorções.

Obs.: Pense bem, e veja se vale apena apostar em um espelho quebrado. Você não compraria um espelho assim, compraria? Mas também não se esqueça de que somente o arrependimento verdadeiro poderá ser capaz de construir um novo espelho, você saberá quando essa relação estará pronta para ser reciclada. Não se machuque tanto, nem sempre quem exige confiança é alguém confiável.

Pense nisso!

Roberta Amaro

terça-feira, 18 de setembro de 2012

DAS VANTAGENS DE SER BOBO







"Das Vantagens de Ser Bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo."

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

EU DECIDO SER DIFERENTE


Há um momento na vida que ser diferente dos demais poderá lhe custar um grande sacrifício.

Haverá um momento que as circunstâncias farão com que você se sinta fraco, mas lembre-se que é você que decide ser forte.

Haverá um momento que as pessoas não acreditarão em você, mas lembre-se de que se você mesmo acreditar que pode, Deus te fará invencível.


Haverá um momento que o tempo poderá lhe trazer na memória os dissabores do passado, mas lembre-se de que ninguém vive dois tempos simultaneamente, viva o presente.


Haverá um momento que o tempo poderá lhe oferecer as angústias de um futuro incerto, mas lembre-se de que você é quem escolhe recebê-las ou não, o futuro sempre será incerto até porque ele não existe. Alguém já viveu no futuro alguma vez?


Haverá um momento que o que todo mundo faz será atrativo e prazeroso, mas tenha certeza de que um dia você se arrependerá por não ter sido diferente do resto.


Haverá um momento que você será pequeno entre os aparentemente "grandes", mas lembre-se você é que escolhe ser tão grande quanto ou se resignar a condição de pequeno para sempre.


Haverá um momento que tudo parecerá sem sentido, mas lembre-se de que talvez o sentido esteja em Quem você tem desprezado ou simplesmente sido indiferente.


Haverá um momento que você estará sozinho mesmo cercado de um milhão de amigos, mas lembre-se de que nem um milhão de amigos pode lhe oferecer amizade maior do que Aquele que te conhece em todos os aspectos.


E nesse momento quando a solidão parecer infindável e o mundo lhe virar literalmente as costas, lembre-se que Deus estará sempre de braços abertos esperando por você.


Solidão é uma escolha. Viver sem ela também é, e tem um nome certo DEUS.



Pense nisso!



Roberta AMARO

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

TUDO ISSO VAI PASSAR


Tem dias que a sensação é de que o mundo está caindo sobre a nossa cabeça... que tudo está perdido... e que Deus está ocupado demais para resolver tantos problemas...
Mas se ainda assim, tivermos no coração guardado as palavras que não passarão, ouviremos:
"- Não Temas",
" -Eu sou contigo", aí teremos a certeza dentro de nós que TUDO ISSO VAI PASSAR!



Pense nisso!


Roberta Amaro


terça-feira, 4 de setembro de 2012

A ESSÊNCIA É MUDANÇA


MUDAM-SE OS TEMPOS,
MUDAM-SE AS VONTADES
Luís Vaz de Camões
 
 
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
 
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
 
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
 
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía."
 

 
Camões! :)
 
Pense nisso!
 
Roberta Amaro

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O COMPETIR...


O NÃO COMPETIR...
 
"Existe algo sobre mim que não posso esconder. Não gosto de competir. Nada que se refira ao medo de perder ou ganhar. Simplesmente não há este espírito de competidor voraz, ganhar sempre e julgar-se melhor ou pior conforme os resultados.
Aliás, nunca gostei de tais parâmetros comparativos: melhor, pior, mais ou menos. Quando trata-se de gente, tudo torna-se relativo.
Sempre acreditei que todo indivíduo pode ser melhor sem que para isso haja disputas, ou qualquer forma de desmerecimento de quem ficou para trás."
 
Pois é, mas quem disse que o mundo se adequaria ao meu modo de ser? Aqui do lado de fora, as coisas não são bem assim.
 
Hoje estive pensando que não há como fugir. Nem mesmo eu posso fugir. É regra, sempre estaremos num jogo, competindo e disputando. Afinal foi assim que nossa espécie alçou a evolução. COMPETINDO.
 
Com ou sem adversários, possuindo ou não inimigos haverá sempre um rival que você terá de vencer. Desse rival não tem como fugir, mesmo não querendo competir. Esse rival é você mesmo.
 
É necessário se diciplinar todos os dias. Vencer a si mesmo é a maior vitória para a excelência pessoal.
 
Dessa competição ninguém se livra.
 
Pense nisso!
 
Roberta Amaro

sábado, 25 de agosto de 2012

TUDO ESTÁ DANDO ERRADO



Quase sempre, “tudo está dando errado” é mais uma maneira de pensar ou ver a situação do que a realidade. Para “tudo” estar dando errado, você praticamente teria que acabar morto, e de forma trágica. Mas provavelmente, nesse momento, você tem muitas coisas boas na sua vida e muitas outras dando certo.

O problema é que quando você entra num estado psicológico e emocional que afirma “tudo está dando errado”, seu cérebro pára de buscar soluções e passa a focar apenas no que está realmente dando errado. Daí, a sensação é de desespero, pois a cada momento você vê algo que não está bem e aquilo reforça ainda mais o seu estado mental.

Faça um teste. Olhe ao seu redor agora, onde você está, e note todos os lugares e objetos que tenham a cor azul. Pare de ler agora e faça esse teste. Procure todos os azuis que você puder aí onde está. Depois volte aqui.

….

Você percebeu o que aconteceu? Você deu uma ordem ao seu cérebro: “buscar cor azul”. Imediatamente, ele deu ordem aos seus olhos e eles começaram a reparar aquilo que você não estava nem notando há apenas um minuto atrás. Talvez você encontrou dois, três, cinco ou mais lugares com essa cor.

O que isso mostra? Uma verdade muito poderosa:

Nós apenas enxergamos o que queremos enxergar.

Por isso, se você fica repetindo para si mesmo “está tudo dando errado”, é só isso que você vai ver.

Uma melhor alternativa é você começar a notar que nem tudo está errado; ainda há muitas coisas boas e certas na sua vida. E em seguida, dar ordem ao seu cérebro para buscar a solução para o problema. Daí observe o que acontece.

Nosso cérebro é muito obediente. Cuidado com o que você manda ele fazer.


Renato Cardoso



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PRIMEIRO AS PRIMEIRAS COISAS


No mundo de tantas tarefas, tantas coisas para fazer, e de tantas oportunidades de distração, como decidir o que fazer?

Dentro de cada um de nós há instinto, uma cobrança interior, que quase sempre está nos dirigindo a fazer o que é mais importante para nós em qualquer momento. Não sei o nome exato para isso. Talvez seja a nossa própria consciência, talvez algum tipo de alarme que nosso cérebro tem. Não importa. O que importa é que existe, e eu e você temos essa habilidade de saber, em qualquer momento, o que devemos fazer já, agora.
Foi esse alarme que me instigou a escrever este post. Dentre tantas coisas que tenho para fazer, ele me cobrou fortemente que eu o escrevesse agora, não mais tarde. E já posso ouvir o próximo alarme me dizendo que assim que terminar aqui, tenho aquela reunião marcada e terei que me preparar e me dirigir a ela em alguns minutos.
É claro que nem sempre somos obedientes a esse alarme. Como o alarme que nos acorda de manhã, queremos silenciá-lo e dormir mais um pouquinho… Mas a arte da disciplina e do domínio próprio está em atender a esse alarme prontamente, deixando todo o resto para depois.
Nós só podemos fazer uma coisa ao mesmo tempo. Pesquisas recentes já descobriram que multitasking — a habilidade de fazer mais que uma tarefa ao mesmo tempo — é um mito. Na verdade, quando tentamos fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, nosso cérebro fica mudando de foco disso para aquilo todo o tempo, tentando fazer o melhor que pode. O resultado é a perda de concentração, e consequentemente de tempo (devido ao “para e começa” toda hora), e obviamente a perda de qualidade no trabalho. Desempenhamos melhor quando estamos focados em uma só coisa.
Por isso, ouvir esse alarme que você tem aí dentro de você é extremamente importante.
Guarde esta frase, para lembrá-lo:
Faça a primeira coisa, sempre. A segunda coisa, nunca.
(Como você já deve ter sacado, depois da primeira coisa estar feita, a segunda se torna a primeira, e assim por diante.)

Renato Cardoso

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